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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Capítulo 2: GAIA: A MÃE DOS TITÃS

GAIA (Γαῖα). Por Genzoman.


No mundo astral, Gaia(Γαῖα) começou a modelar um corpo para si mesma, um corpo que pudesse caminhar pela luz, mover-se agilmente e observar em suas viagens a formação da matéria no mundo físico — a Terra. Uma Terra primordial que começava a se formar, a se comprimir ou a se afastar.


Um dia Gaia olhou para cima e viu Urano(Οὐρανός), o firmamento, que se expandia pela eternidade. E viu que também Urano tinha para si um corpo astral, leve, que se destacava de toda aquela energia etérea e flutuava na imensidão. Urano e Gaia, em seus corpos sutis que vagavam pelos mundos também sutis, aproximaram-se a amaram-se. E Gaia, mulher, encheu-se de doçura e submissão e aconchegou-se nos braços de Urano, que a fecundou.

No mundo físico, a Terra tornou-se a virgem pronta a ser penetrada por uma chuva que ainda não tinha acontecido e a ser rasgada por um arado que um dia seria criado por algum ser humano que ainda não existia, nem mesmo nos pensamentos do Grande Espírito.

No mundo astral, Gaia tornou-se mãe. Deste parto magnífico nasceram as forças da natureza e que também iriam se manifestar no mundo físico. Eram os Titãs e foram seis, em número. E eram as Titânidas, que também foram seis. Aos Titãs(Τιτάν), Gaia chamou de Oceano(Ὠκεανὸς), Crios(Κρείος), Céos(Κοῖος), Hipérion(Ὑπερίων), Japetos(Ἰαπετός) e Crono(Κρόνος). E as Titânidas (Τῑτανίδες) chamaram-se Téia(Θεία), Rhea(Ῥέα), Thêmis(Θέμις), Mnemosine(Mνημοσύνη), Febe(Φοίβη) e Tétis(Τηθύς).

Oceano era o espírito da água. Ao nascer, projetou-se como uma serpente imensa pelos mundos sutis, criando forças, concentrando em si todas as potestades marítimas e então lançou-se no mundo físico, que se encheu pela primeira vez de uma umidade que crescia, que o impregnava em todos os recantos mais íntimos do seu ser material, que aumentava, que se transformava nas águas que transbordavam em todo o mundo físico. Era o poder masculino que logo procurou unir-se a um oposto feminino para criar. E encontrou sua irmã Tétis, o espírito feminino das águas, que ao toque de Oceano tornou-se a mãe dos rios, das fontes, das nascentes e dos riachos e deles começou a cuidar com veneração.

Hipérion "o que caminha no alto" era o espírito do fogo, era o fogo astral. Estendeu pelos mundos sutis seus longos braços ígneos e encontrou sua irmã  Téia (Θεία), a divina, e dessa união nasceram Hélios(Ἥλιος), o sol, Selene(Σελήνη), a Lua, e  Eos(Ἕως), a Aurora.

Hélios tomou uma forma astral de grande beleza, a cabeça cercada de raios e percorria os céus num carro de fogo levado por quatro cavalos, em seu caminho pelo céu, via tudo o que acontecia do alto de sua carruagem. Pela manhã, Hélios erguia-se no firmamento e cruzava os céus, e à noite curvava-se no horizonte, para que seus cavalos pudessem beber da água que banhava a Terra. Neste momento, sua irmã Selene tomava seu lugar nos céus num carro de prata e atirava beijos luminosos que cintilavam na escuridão. Eos, a Aurora, a deusa dos dedos cor-de-rosa, tomou para si a função de abrir as portas dos céus ao carro de Hélios, descerrando as pálpebras do dia e levando em sua urna o orvalho matinal que espargia pelos quatro cantos do mundo.

Crios era o frio, eram as noites sem dia em que Hélios, demorando-se no leito de suas esposas, não atrelava seus cavalos de fogo e deixava que descansassem nas estrebarias ocultas pela noite.

Céos, em sua bela forma astral de um azul translúcido, debruçou-se sobre o mundo, tornando-se seu eterno observador. Uniu-se a  Febe, a brilhante, e ambos movimentavam as etéreas camadas de ar que se formavam acima de Gaia, a Terra.

A titânide Thêmis personificava a ordem e as leis imutáveis e eternas, e por extensão, a justiça mais elevada.

Mnemosine expandiu-se pelo espaço infinito e transformou-se na memória do universo, no plasma onde foram gravados todos os acontecimentos passados e onde seria impresso tudo aquilo que ainda estava para acontecer, tanto no mundo dos deuses, como no mundo dos seres humanos, cuja semente primeira ainda nem mesmo existia....

7 comentários:

  1. Simplesmente fantástico! Esse maravilhoso compêndio é fascinante, em qualidade de informações e na maneira que o texto é conduzido pelo autor. Meus mais sinceros parabéns pelo lindo trabalho.

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    1. Muito grato Rodrigo, tento fazer exatamente isso, tornar a Mitologia Grega mais acessível para o público em geral, caso possua alguma dúvida ou fazer alguma observação, estou ao seu inteiro dispor....

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  2. Nossa Realmente Incrível... as pesquisasque fiz sãoseparadas demais, e não tenho tempo para fazer que todas tenham sentido... mas como foi dito, está tudo organizado de uma forma que não se confunde as ideias, espero que você tenha continuado esse trabalo belo... eu tenho 18 anos, e Mestro Rpg como forma de Educação para alguns jovens que conheço, e minha história atual, é sobre a grécia... e eu os desenho e faço todas as histórias. E quero que saiba que teno certeza que seus textos ajudaram muito rsrs, Espero que você continue com o trabalho... seja neste Blog ou em outro... É uma pena as pessoas não darem valor para isso... Parabéns Emmanuel você realmente daria um grande professor da mitologia Grega!!!
    Espero que você esteja ativo para poder tirar certas dúvidas

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    1. Estou retomando o projeto de mitologia, o cohecimento que adquiri nestes anos vai deixar as estórias mais agradáveis e conexas... e obrigado pelo incentivo...

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    2. Como aspecto e gosto pessoal, joguei muito Rpg na adolescencia, principalmente "Vampiro: a Máscara!" e "D&D", passei um tempo afastado do Blog pois tive algumas complicações de Saúde, mas agora vou tentar concluir esta saga Fantática... obrigado pelo apoio

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  3. Qual a finalidade disto ? Isto é eu leio tentando ligar com outras religiões na expectativa de descobrir os mistérios ocultos.

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    1. Ampliar as estórias mitológicas e permitir a acessibilidade a boa cultura ao maior número de pessoas possíveis...

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