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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Capítulo 65: O INFORTÚNIO DE PALAS

Palas(Παλλάς). Por Zeldacw.

Athena(Ἀθάνα) observava Palas(Παλλάς) com o canto dos olhos, enquanto terminava o conto de Aracne. A jovem parecia atônita diante de todo aquele relato. A deusa perspicaz a toda sua leitura da figura de Palas a seguir pronunciou:

— Só sou cruel quando me agridem, Palas. Não vá me dizer que tem medo de mim.


Trazida de volta a realidade, logo o rosto de Palas se iluminou e até seus olhos sorriram. 

— Medo de você, Athena? Nunca! Eu a amo muito!...— Abraçaram-se carinhosamente. — Vamos caçar? — propôs Palas — preciso levar alguma carne para casa, para meu pai Tritão, e há muito não nos divertimos juntas. 

— Você teve uma ótima ideia! — disse a deusa — O presente de Dionísio(Διονυσος) que espere!

Athena que agora passava um tempo na corte de Tritão(Τρίτωνας), logo fizera amizade com sua filha chamada Palas. Ambas as moças cultivaram a vida militar que as faziam treinar muitas vezes juntas. Durante os intervalos de tempo geralmente as duas caçavam juntas. E foi assim que ambas embrenharam-se na mata, mas não se empenharam em procurar uma caça.Conservaram, trocaram risadas e carícias, correram pela floresta densa. O dia já estava chegando ao fim, quando Palas exclamou:

— Já é tarde! Não posso voltar sem uma caça!

Vendo a aflição da amiga, Athena propôs: — Vamos nos separar. Esconda-se bem e atrairei algum animal. Não se preocupe, levará uma caça para casa.

Palas se afastou e Atena emitiu uns sons estranhos pelos lábios semicerrados. Logo percebeu uma agitação diferente num arbusto ao longe. Aproximou-se devagar, leve como uma pena. Apontou a lança e atirou-a. Ouviu o ruído de um corpo caindo sobre a relva. Correu para o arbusto e parou. A lança ainda tremia, cravada no coração de Palas. Ajoelhou-se ao lado dela e chorou. 

— Palas, o que fui fazer? Ficou durante muito tempo ao lado do corpo da amiga, velando seu sono eterno. Depois cobriu-a com folhas e terra e ergueu uma estátua em sua homenagem, o Paládio.

 — Adeus, Palas — disse a deusa, baixinho. — Vou-me embora, mas levarei seu nome comigo. De hoje em diante, meu nome ritualístico será Palas Atena.

Lançou um último olhar ao local e depois partiu, em direção à forja de Hefesto(Ἥφαιστος) .

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